Dudu corre de novo os 800 m na casa dos 1:45 e vence o GP Brasil

Atleta mineiro, líder do Ranking Mundial da especialidade, completou a prova desta quarta-feira (10/5), no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo, em 1:45:80, o que o deixou animado para as provas que disputará na Europa

Wagner Carmo/CBAt

O mineiro Eduardo Ribeiro Moreira, o Dudu, foi um dos destaques da tarde desta quarta-feira (10/5) do Grande Prêmio Brasil Loterias Caixa de Atletismo, que faz parte do Continental Tour – série bronze -, da World Athletics, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo.

Dudu correu pela terceira vez os 800 m na casa dos 1:45, o que lhe deixa muito feliz. Ele ganhou a prova nesta quarta com 1:45:80, depois de fazer 1:45:10 no dia 7, no Torneio Internacional de Bragança (líder do Ranking Mundial de 2023), e 1:45:32, na Copa Brasil de Fundo e Meio Fundo, em março, também em Bragança.

“Estou feliz por liderar o Ranking, ainda mais porque já teve Liga Diamante e o pessoal correu para 1:46. Eu corri três provas este ano e as três na casa do 1:45. Isso mostra que estou no caminho certo, que posso brigar com os melhores do mundo”, comentou o atleta de 22 anos. “Tenho condições de correr com os caras lá fora, onde a prova é forte e com gente da frente, puxando forte. Posso melhorar os meus tempos na Europa.”

O venezuelano José Antonio Maita Perez completou a distância em 1:47:23, terminando em segundo lugar, seguido de Jânio Marcos Gonçalves Varjão, com 1.47:28.

Nos 3.000 m com obstáculos, Tatiane Raquel da Silva venceu com boa vantagem, com 9:42:15. Simone Ponte Ferraz completou a distância em 9:54:55, num duelo que reuniu as duas representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2021 e no Mundial do Oregon-2022. A argentina Carolina Lozano ficou em terceiro lugar, com 10:18:09.

“Eu tinha corrido três vezes os 1.500 m porque planejamos disputar menos 3.000 m com obstáculos, uma prova desgastante. E deu certo. Esta marca é o meu melhor início de temporada. O caminho está certo”, disse Tatiane que vai competir na Europa, volta para o Troféu Brasil e o Sul-Americano. O foco principal é a vaga no Mundial de Budapeste e correr bem no Pan.

Nos 100 m, a prova mais rápida do atletismo, duas vitórias indiscutíveis de brasileiros. Vitória Rosa, vice-campeã dos 200 m pela manhã, venceu a competição da tarde, com 11.32 (0.2). “A marca foi pior do que a de domingo, em Bragança, mas estou feliz”, referindo-se ao Torneio Internacional Loterias Caixa, realizado no Centro Nacional do Desenvolvimento do Atletismo (correu 11.20). “Esta foi apenas a minha terceira competição do ano. Estamos muito no começo. Sei que posso crescer muito e tentando fazer sempre o melhor.”

Lorraine Barbosa Martins, campeã dos 200 m pela manhã, ficou em segundo lugar, com 11.45. A equatoriana Angela Tenório, ex-recordista sul-americana da especialidade, ficou na terceira colocação, com 11.53.

Nos 100 m masculino, o catarinense Rodrigo Nascimento venceu com 10.18 (-0.5), terceira melhor marca do ranking brasileiro de 2023, atrás somente de Felipe Bardi (10.07) e de Erik Cardoso (10.14). Ele igualou a marca de Paulo André Camilo, que fez também 10.18, no Desafio CBAt/CPB.

“Fiquei satisfeito com a vitória e sei que posso ser mais rápido. A temporada deste ano é longa e não adianta conseguir marcas boas agora e não ir bem no Mundial e no Pan”, disse Rodrigo, referindo-se a Mundial de Budapeste, em agosto, e os Jogos Pan-Americanos do Chile, entre outubro e novembro.

Rodrigo disputou três competições em abril, na Flórida, Estados Unidos, e sofreu muito o vento excessivo. Nenhuma marca acabou homologada. “Este ano é especial, com grandes competições, além de ser Pré-Olímpico”, concluiu.

O colombiano Carlos Andrés Palácios Murillo terminou em segundo lugar, com 10.26, enquanto Felipe Bardi ficou na terceira colocação, com 10.34.

No salto em distância, a mato-grossense Lissandra Maysa Campos obteve a segunda vitória internacional – Bragança e São Paulo. Ela conseguiu 6,47 m (-0.3) e comemorou o resultado. “Não consegui repetir os 6,69 m, mas vi onde posso melhorar. Volto agora para Cuiabá e quero aferir de novo minhas marcações para saltar cada vez mais longe”, afirmou a atleta de 21 anos. “Preciso acertar detalhes com a Maria Aparecida Souza Lima, minha treinadora.”

Em Bragança, Lissandra bateu o recorde brasileiro e sul-americano sub-23. A colombiana Natália Carolina Liñares ficou em segundo lugar, com 6,39 m (0.2). Letícia Oro Melo, medalha de bronze no Mundial do Oregon-2022, terminou na terceira colocação, com 6,37 m (0.5 ). “A Lissandra é uma ótima atleta e fiquei muito feliz quando ela disse que se inspirava em mim. Ainda estou ajustando as marcas e sabia que não iria brigar pela vitória. Tenho sete competições na Europa, a partir de 22 de maio, todas pela Liga Diamante.”

Outro destaque da competição foi Lucas da Silva Carvalho, que venceu a tarde os 400 m, depois de ganhar pela manhã os 200 m. “Minha marca dos 400 m (45.83) foi a melhor do ano. Esperava essa marca há algum tempo porque estava treinando para isso”, lembrou. “Vou seguir trabalhando.”

O venezuelano Kelvis José Padrino Villazana , campeão no domingo em Bragança, ficou na segunda colocação, com 45.98, enquanto o brasileiro Douglas Hernandes Mendes da Silva comemorou o terceiro lugar, com 46.48.

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