O super desafio da Bertioga/Maresias solo – 75km

O ultramaratonista Cordeiro Santos participou, a convite do nosso portal, da prova Maresias-Bertioga, no último sábado (21/10), no percurso de 75Km solo. Ele conta como foi o desafio para conquistar mais uma vez esta medalha tão especial de finisher!

“Por que a ultramaratona Bertioga/Maresias tem sempre um sabor muito especial? Por que é   uma corrida na qual você corre por superfícies diferentes, com trechos de areia dura, trilhas, asfalto, areia fofa; ela é simplesmente encantadora, as paisagens são espetaculares. Esta é uma prova dura, na qual você terá que se superar muito, treinar muito antes de se inscrever.

Fui para a prova com os meus amigos Gilson e o Rogério. Chegando lá reencontramos mais alguns amigos, como o Daniel Graça, entre outros, pois nesta prova você reencontra muitos corredores conhecidos e isso é ótimo para qualquer atleta amador. Largamos às 5h da manhã, ainda escuro, com todo cuidado e seguimos rumo à GLÓRIA, pois é ali que fica, depois da linha de chegada. Mas antes tivemos vários momentos importantes, como, controlar a ansiedade – saímos trotando, sorrindo e brincando como sempre fiz nas provas. Logo no inicio molhamos os pés e continuamos, passamos por rios (riozinho) e mesmo assim a galera toda alegre e feliz da vida, um incentivando o outro, pois este é o objetivo e principalmente nessa prova, que é muito mágica, as pessoas ficam gritando “VAI SOLLOOO!!!”, apoiando e dando muita força.

Nos PC`s a galera também dá muita força, perguntando se estávamos precisando de algo. Alguns até nos davam água gelada, outros coca-cola, e assim fomos seguindo. Essa é uma prova na qual você se supera muito, uma prova onde você tem que respeitar. No pode jamais subestimá-la, porque se fizer isso, pagará um grande preço, pois apesar das belezas, da ajuda e colaboração de tantos, não podemos esquecer que são 75km. E quando vai chegando próximo ao final tem mais ou menos umas três subidinhas duras, pois a Serra nem se fala, né? Porém, Deus foi generoso conosco, o tempo ajudou demais. Acredito que essa é uma das provas em que você é muito ajudado pelos colegas atletas, sempre perguntando se está tudo bem, se estamos precisando de algo e isso é muito gratificante. Esta é uma prova em que se superar é o principal objetivo.

Em alguns pontos tinha água da organização e isso nos ajudou bastante – e em duas subidas tinha água geladinha! Subimos e descemos a serra doloridos, mas sabíamos que ali a prova já tinha acabado, pois era só descer e entrar na praia. Mas… pra nossa surpresa…. a linha de chegada estava um pouco longe do que imaginávamos, mas isso não mudou em nada nossa alegria, pois estávamos com dores, cansados, machucados, mas realizados pela conquista de mais uma medalha, estávamos indo rumo a GLÓRIA. Cruzar a linha de chegada para um atleta é como saborear um néctar dos Deuses, é algo extraordinário, pois só ele sabe o que abre mão para conseguir concluir uma tão suada e sonhada medalha.

Gostaria de parabenizar cada um que conseguiu cruzar a linha de chegada e mesmo quem não conseguiu, pois cada dor e sofrimento nos treinamentos nos levaram a este momento”.

Cordeiro Santos – @Cordeiroas

 

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