Por que nove em cada dez nutricionistas orientam seus pacientes – principalmente os que são atletas amadores, como os corredores eventuais – a tomar ômega 3? As respostas podem variam bastante, mas, segundo o nutricionista Diogo Círico, da Growth Supplements, ele é um dos poucos nutrientes com resultados tanto para quem corre quanto para os sedentários.
Uma das frações do ômega 3 se relaciona ainda com a melhora de processos cognitivos, como o funcionamento da memória e dos neurônios, atuando de forma neuroprotetora.
A explicação, porém, é mais complexa: o ômega 3 é feito de ácidos graxos, moléculas de pequeno tamanho que, por sua vez, formam uma estrutura maior: as gorduras. Os alimentos podem ser fontes de muitos tipos diferentes de ácidos graxos, mas existe uma família composta por três elementos especiais (por isso, o número 3), chamados de Eicosapentaenoico (EPA), Docosahexaenoico (DHA) e Alfa-linolênico (ALA), que não podem ser fabricados pelo organismo humano. Porém, como são essenciais, precisam ser ingeridos via alimentar.
“Essas famílias de nutrientes possuem uma implicação específica na vida de quem tem uma rotina de treinos muito intensa: eles ajudam o organismo a combater a inflamação e o dano estrutural causado na célula muscular”, explica Diogo.
“Este efeito é muito interessante, porque permite evitar lesões, melhorar a recuperação entre uma sessão de treino e outra e, além disso, ajuda na manutenção do bom estado de saúde do atleta, fato primordial uma vez que o atleta precisa estar bem e disposto todos os dias para que possa realizar treinos em alta intensidade”, completa.
Além disso, os nutrientes que formam o ômega 3 são indispensáveis para a formação de membranas celulares (saúde das células) e para a manutenção do equilíbrio das funções orgânicas (papel estrutural e funcional). Ele ainda beneficia a saúde ocular em todas as fases da vida. “Na verdade, nosso coração, cérebro e olhos contêm o mais alto conteúdo de ômega 3 em comparação com outras partes do corpo humano”, finaliza Círico.