POR DANIELA BARCELOS – O desempenho em uma modalidade esportiva tem como alicerce os princípios gerais do treinamento:
Princípio da Individualidade Biológica, o Princípio da Adaptação, o Princípio da Sobrecarga, o Princípio da Continuidade e o Princípio da Interdependência Volume-Intensidade.
O principio da individualidade biológica é um deles e ponto de partida para definir os outros princípios.
Ele que define a sobrecarga a ser aplicada, a especificidade da atividade, a adaptação a ela, a variação dos estímulos alternados com recuperação e assim a continuidade do plano de treinamento com sucesso.
A importância da individualidade é grande, e ao mesmo tempo a causa de muitos paradigmas e discussões existentes na área da Educação Física.
A ciência nos mostra o que um estímulo provoca no organismo humano. As adaptações que o desequilíbrio impõe, os ganhos e possíveis perdas com a interrupção do processo. E isso é similar nos humanos. Similar, mas não igual.
Precisamos nos embasar nos saberes científicos e direcioná-los adequadamente para cada pessoa.
Se duas pessoas seguirem uma mesma rotina, com os mesmo exercícios, intensidade, duração e frequência semanal, o efeito será diferente em cada uma delas. O sexo, a idade, experiência adquiridas previamente, técnica e economia na execução influenciarão nos resultados deste plano.
Por isso que o programa de treinamento precisa atender as necessidades e capacidades individuais. Precisa abranger o tempo necessário para cada ciclo, para o período de recuperação, e avaliar os ganhos obtidos.
O princípio da individualidade precisa fazer parte do dia a dia de um treinador, técnico e professor. Ele que dará sentido a sua prática.
Os profissionais têm que reconhecer como os atletas e alunos respondem a um determinado estímulo de exercício e ajustar a sua prescrição com base na resposta e resultado obtidos. E reorganizar sempre os treinos de acordo com cada período da vida do atleta, e no caso das mulheres, terá ainda a influência do ciclo menstrual e alterações hormonais decorrentes deste ciclo.
Por isso que não há sentido em seguir prescrições prontas, elas não levam em conta o seu histórico e não responderão ao seu objetivo.
Respeitar o princípio da individualidade, assim como todos princípios do treinamento é fundamental na prescrição de exercícios em todas modalidades esportivas.
Daniela Barcelos tem 15 anos de experiência como atleta amadora – começou a correr em 1999. Formada em Educação Física e com pós-gradução em Fisiologia do Exercício, Dani fundou este ano a assessoria que leva seu nome. Conheça mais em www.danibarcelos.net.