Superação é a palavra que acompanhará os 16 mil atletas inscritos na Maratona Internacional de Floripa 2024. Nos dias 24 e 25 de agosto, a Ilha da Magia será palco da maior corrida de rua de Santa Catarina e uma das maiores do país. O evento esportivo tem provas de 42 km, 21 km e 5 km, além da Maratoninha, para crianças de até 13 anos e terá a maior edição de sua história, além de tantas histórias de corredores.
Entre elas está a de Sabrina Carla Benin Ritter. A servidora pública vai correr pela primeira vez os 42,195 km da maratona. A manhã do dia 25 de agosto, data da prova principal do evento, será muito mais que subir mais um degrau nos feitos de atleta amadora. Para Sabrina, é a celebração do esporte que lhe deu suporte para superar a depressão.
Sabrina Ritter encontrou na corrida um alicerce para a saúde mental. No final de 2020, a filha Helena faleceu antes de completar seu primeiro ano de vida. Sabrina entrou em depressão, engordou 15 quilos. No entanto, descobriu na corrida uma forma de reencontrar a saúde física e mental.
“Eu estava no fundo do poço. Um ano depois do que aconteceu, decidi correr porque me sinto bem. A corrida me sustenta, de uma certa forma. A perda da minha filha, nunca vou superar. Tem épocas mais difíceis. Mas, com a corrida pude colocar muitas coisas da minha vida em perspectiva. Correr a maratona é um grande projeto. A preparação me ajuda a ter um compromisso comigo mesma, a ser mais disciplinada. A corrida me ajuda a continuar em frente”, descreve Sabrina Ritter.
O esporte entrou na vida de Sabrina ainda em 2016. No entanto, não conseguia seguir na corrida. Foi no final de 2021, quando conheceu o técnico Fabiano Braun, da Floripa Runners, sua assessoria esportiva, que, enfim, tomou gosto pela modalidade. Em 2022, correu a prova de 10 km da Maratona Internacional de Floripa. No ano passado, completou sua primeira meia maratona (21 km). No domingo de 25 de agosto de 2024 vai se tornar maratonista.
“Fiquei muito feliz quando, enfim, consegui correr um quilômetro. E depois fui correndo um quilômetro de cada vez. Correr 10 km teve uma sensação de superação pessoal. Os 21 km eu achei maravilhoso, tem um percurso bonito. Então, tem aquela coisa de tradição, de aumentar a distância a cada ano. Neste será a minha primeira maratona. Por isso, pra mim, a Maratona Internacional de Floripa é especial”, afirma a corredora.