Caminhos do Mar: uma prova que todos deveriam fazer!

POR RODRIGO MOURA BARBIERI – A data é 28 de Outubro de 2019. Oo relógio toca às 4h30 da manhã, aí já bateu aquele arrependimento, normal de todo corredor amador. Por que fui me inscrever nessa prova?!!!! Mas como havia combinado de correr com o pessoal da GoRunning não desisti, levantei da cama, vesti o shorts, camiseta e o tênis e sai de casa rumo à Serra do Mar.

Em 2018 eu enrolei, enrolei e enrolei a acabei não me inscrevendo nessa prova, por preguiça, e por não estar treinando de uma maneira consistente, mas me arrependi quando vi as fotos de amigos que participaram, pois o lugar era lindo. Prometi para mim que em 2019 eu estaria lá. Chegou 2019, eu voltei a treinar com certa consistência, lembrando que eu treino para minha saúde e bem-estar, não estou nem aí para pace, tempo de prova etc… Por esse e por outros motivos em 2019 escolhi não correr nenhuma prova, porém a Caminhos do Mar não saia da minha cabeça, e acabei fazendo a minha inscrição, pois queria curtir aquele visual que ficou gravado ali no fundo da memória. Além do visual, aquele local me trazia a lembrança de uma excursão da escola há muitos anos naquela mesma região de Paranapiacaba.

O caminho até a Serra do Mar é longo, mas depois que você entra na estrada que da acesso ao parque parece que você está em outro lugar que não São Paulo: uma natureza exuberante, o cheiro da mata, o sol nascendo sobre a represa. Que lugar lindo! Só de ir até ali já teria valido à pena. Chegando no local da prova com uma hora e meia de antecedência peguei o kit e fiquei por ali aguardado a hora de descer a serra. Nna minha cabeça a descida seria tranquila. Nesse ponto é importante falar da organização da prova, muito bem estruturada, com banheiros (químicos) e tudo muito bem organizado, chegando cedo você não tem problema para estacionar e nem para pegar o seu kit, tudo muito tranquilo. Enquanto esperava a largada fiquei observando as pessoas chegando em seus carros, algumas turmas em vans uma verdadeira festa de confraternização, nem preciso falar do clima da prova, muito alto atral.

Às 8h foi dada a largada, larguei bem atrás pois não gosto da “muvuca” e prefiro largar lá no fundo, afinal sou lento e estava ali para curtir o visual. Quando você começa a contornar a saída do estacionamento já dá de cara uma estrada que te leva literalmente para dentro da Mata Atlântica, primeiro uma ponte sobre a represa e, enfim, a entrada da serra. Foi aí que me deparei com duas coisas que me impressionaram: a primeira, uma casa linda à direita da serra – a “Pouso Paranapiacaba”; e a outra coisa que me impressionou foi a descida da serra. Nesse momento pensei: ferrou, muito íngreme; ai já comecei a segurar o passo, pois sabia que não poderia descer correndo forte, pois iria me lesionar ao segurar todo o meu peso nas pernas em uma descida tão íngreme, e sabia que precisaria de força para subir. Pois bem, segurei na descida e pensei comigo “subirei andando”, assim vou e volto tranquilo. E foi o que fiz, desci a serra apreciando o visual (não parei para tirar fotos na descida); desci apreciando as outras casas e monumentos no caminho, os tubos da usina Henry Borden impressionam vistos de perto, tudo muito lindo. O visual foi tudo o que eu esperava e até mais. Desci 5km e na volta fiz todo o percurso andando e apreciando ainda mais tudo aquilo que a mãe natureza nos proporciona, e a todo momento pensando que todos deveriam ter a chance de conhecer aquele lugar, deveriam ter a chance de ir até ali recarregar suas energias, deveriam tem a chance de ir até ali para se reconectar consigo mesmo, lembra que falei que corro por bem estar? Pois bem, estar nessa prova e nesse local me proporcionou uma das melhores sensações de bem-estar que a corrida já me proporcionou, recomendo a todos que participem dessa prova em 2020, você não irá se arrepender.

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