Fascite Plantar: Corra Desse Problema

Dores no calcanhar, na sola dos pés logo na primeira pisada do dia ou após longas caminhadas? Você pode estar sofrendo de fascite plantar, uma das causas mais comuns e mais complicadas de dores na região dos pés, que se não tratada, pode se tornar um problema crônico.

alongamentos ajudam a evitar o problema e também a tratar a fascite

Alongamentos ajudam a evitar o problema e também a tratar a fascite.

Causado pela inflamação da fáscia plantar – tecido conjuntivo localizado na planta dos pés – o problema acomete principalmente pessoas com sobrepeso, atletas com fraqueza muscular, com alterações no pé e que exageram na frequência do treinamento. “Não se sabe exatamente as causas da fascite plantar, o que sabemos são situações relacionadas à fascite, como por exemplo, na corrida, o alto impacto com o solo, um pé ou muito chato ou muito cavo, alterações do arco do pé e alto volume de treinamento – quando o treinamento ultrapassa o limite do corpo”, conta a fisioterapeuta mestra em biomecânica da corrida Raquel Castanharo.

Uma das lesões mais difíceis de tratar, a fascite plantar pode ser evitada com um treinamento adequado à capacidade física do atleta, ou seja, com baixo impacto e com frequência equilibrada na corrida – evitando aumentos bruscos de velocidade. “Como qualquer lesão, é possível realizar exercícios preventivos, com fisioterapia ou na academia. Porém, não podemos evitar o aparecimento quando tratamos de pessoas que correm longas distâncias e aplicam uma carga exagerada no seu próprio corpo. O melhor, nesse caso, é cuidar da mecânica da corrida, evitando o alto impacto e monitorando o ritmo do exercício”, explica o fisioterapeuta e sócio-fundador da Club Físio, André Nogueira.

Mas se a lesão já aconteceu, o primeiro e mais importante passo é o repouso. Segundo Nogueira, “retirar o fator que agride a fáscia, gerando dor, é essencial”. É preciso verificar, também, o fator causal. Se a causa for o alto impacto, é preciso diminuí-lo, já se for treinamento inadequado, é necessário corrigir o treinamento. “O tratamento é individual. Cada caso é um caso e é preciso identificar a causa para poder atacar de uma forma mais efetiva o problema. Uma vez feito isso, temos os recursos antiinflamatórios, como o lazer e o ultrassom, que ajudarão a melhorar a inflamação da fáscia. Os alongamentos no pé também são interessantes se há uma retração”, conta Raquel.

Outro tratamento muito eficaz para a fascite plantar é a crochetagem mio aponeurótica. Técnica da Medicina Tradicional Chinesa, a crochetagem age quebrando as aderências e rompendo pontos de coágulos. E é indicada, em caso de dores agudas, de duas a três vezes por semana.“A finalidade dessa técnica é a fibrolise das aderências do tecido de sustentação, situada entre as fáscias, tendões, ligamentos e ossos. Após a manipulação o paciente sente uma melhora imediata, uma sensação de leveza nos pés e pernas, melhora da mobilidade e diminuição da dor”, explica a massoterapeuta e acupunturista, Fabiane Hukuda, judoca que fez parte da seleção brasileira olímpica de 1996 a 2006.

Porém, se a lesão agravou e tornou-se crônica e/ou a fisioterapia convencional não for efetiva, existem hoje tratamentos mais avançados, como por exemplo a “terapia ondas de choque”, e, em último caso, cirurgia. “ A ‘terapia ondas de choque’ é um pouco mais intensa do que o lazer e o ultrassom. Ela age transportando pequenas ondas de alta energia para os tecidos musculares e fibroses do corpo”, revela Raquel.

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