A Federação Paulista de Atletismo vem intensificando o trabalho de acompanhar a regulamentação de todas as provas realizadas no estado com a concessão do permit, que garante a segurança e bem-estar dos corredores e de todo o ecossistema que envolve as provas de rua. Nesta quarta-feira, a entidade deu mais um importante passo nesse sentido em ação contra a Magna Run, organizadora da Maratona de Marília, prevista para o dia 23 de março.

A entidade venceu uma tutela de urgência e a empresa promotora foi intimada a apresentar o projeto de realização da prova por meio do pedido de solicitação de permit e sua avaliação pela FPA. Vale ressaltar que, apesar das repetidas solicitações para que a Magna Run iniciasse o processo de autorização, a empresa não atendeu os pedidos, exigindo a atuação do departamento jurídico da FPA.

É importante lembrar também que a cidade de Marília já possui uma liminar que exige a autorização da Federação para eventos em vias públicas. A Magna Run, no entanto, já realizou provas descumprindo essa diretriz, o que elevou ainda mais as preocupações sobre a segurança e a legalidade da maratona.

Na semana passada, a situação se tornou ainda mais grave quando foi constatado que a empresa promoveu um evento irregular, sem permit da FPA e, aparentemente, sem comunicar ao Departamento de Trânsito e à Prefeitura de Marília, descumprindo as normas vigentes.

Uma fiscalização enviada ao local do evento confirmou sua realização, mesmo após o organizador afirmar que o evento seria adiado devido à falta de autorização. Constatou ainda a insuficiência de água, banheiros e a ausência de ambulância UTI e médicos socorristas para atender qualquer eventualidade.

Essa conduta levantou sérias questões sobre a capacidade da Magna Run de conduzir um evento de grande envergadura como uma maratona, que exige uma estrutura técnica robusta para garantir a segurança e o bem-estar dos participantes.