Lições de 10 anos de corrida!

POR ANDREA FUNK – O esporte sempre fez parte da minha vida, por incentivo dos meus pais e por gostar de estar em movimento, de

Primeira corrida de rua nas distância de 5k, em 27/09/08

sentir a adrenalina, de conquistar algo. Experimentei o tênis, ginástica olímpica, saltos ornamentais, natação, basquete e me encontrei durante muitos anos no voleibol. Joguei muitos torneios infantis, juvenis, por clubes e escolas, joguei muito vôlei de praia quando morei em Santos. A corrida sempre esteve presente, mas como meio de preparação física nunca como o esporte em si. Até arrisquei uma corrida quando ainda morava em Curitiba, tinha uns 11 ou 12 anos, e fomos treinados pelo professor de educação física da escola. Mas acabei não dando sequência.

Em 2008, já morando em São Paulo, fumante há 20 anos, com sobrepeso, trabalhando de 10h a 12h por dia em uma profissão (jornalista/assessora de imprensa) que está entre as 10 mais estressantes do mundo, segundo pesquisas, decidi que precisava fazer algo por mim e por minha qualidade de vida. Voltei a nadar e, na época, estava começando a atender a fazer a assessoria de imprensa do Instituto Ayrton Senna que realizava uma prova em homenagem ao nosso inesquecível tri-campeão mundial de Fórmula 1: a Ayrton Senna Racing Day (ASRD). Durante um almoço de aniversário, um grupo de amigos se animou e resolvemos montar uma equipe para participar – seríamos em 8 e cada um completaria uma volta de 5.275m, o que no total daria os 42.195m da maratona.

Em 10 anos, foram 6 maratonas, além de dezenas de outras provas em distâncias variadas.

Aí é que a brincadeira começou porque precisa treinar, parar de fumar, etc.  Comecei treinando com uma planilha de revista e exatamente há 10 anos – em 27 de setembro de 2008 – fiz a minha primeira corrida oficial, de 5km – Um beijo pela Vida, promovida pela Avon, na USP. Depois, fiz a ASRD e não parei mais. No último final de semana fechei este ciclo de 10 anos finalizando a minha sexta maratona em Buenos Aires – a primeira foi a Maratona da Disney (2014), depois vieram as maratonas de Chicago (2014), Nova York (2015), Disney (2016), Disney (2018) e, por último, esta da Argentina.

Além disso, fiz 30 provas de 21km; 4 x os 24km da Maratona de SP (no primeiro ano a prova tinha 25km); 1x a São Silvestre; 1 x Igaratá 23Km (minha estreia na corrida off road); 45 x provas de 10km; 7x de 15km; 11x 5km; 2x 12km; 1x 7k; 3x 8km e 2x 4km. Cada uma delas tem a sua história e marcou um desafio e uma superação pessoal. Corro para me melhorar a cada dia. Corro para me superar. Corro porque a corrida faz eu me sentir viva, pulsante, determinada e realizada.

Hoje incorporei a corrida como meu estilo de vida. A minha droga saudável! E aprendi muitas lições que aproveito dentro e fora das pistas. Só para compartihar algumas:

Cuide do seu corpo – precisamos ter responsabilidade com o nosso corpo. Passei a fazer check ups anuais, coisa que não ligava muito e “não tinha tempo”. Não é só questão da corrida, mas da nossa vida – até porque a maioria não vive disso, né?

Alimente-se bem – mudei completamente meus hábitos alimentares. Desde que comecei a correr perdi 10kg, estou mais leve e isso reflete não apenas na corrida, mas no meu dia a dia. Mas foi o desejo de melhorar minha performance no running que me fez aceitar algumas mudanças que até pouco tempo atrás seriam impensáveis para mim.

Tenha objetivos – é importante ter metas na vida – pessoal, esportiva, profissional. Sonhe, planeje e corra atrás para realizar, porque você pode!

Planejamento é tudo – sempre fui extremamente focada e planejada e a corrida reforçou ainda mais esta minha característica – principalmente por conta das maratonas. É sempre um longo caminho a percorrer. Os resultados vêm com planejamento, muito trabalho duro, consistente, superação e muita determinação.

Paciência – “O caminho é longo mas você chega lá”. Ouvi esta frase do meu pai em sonho uma vez e se tornou um dos meus mantras. Na vida e na corrida precisamos ter paciência e construir tijolo por tijolo os alicerces para o resultado positivo.

Resiliência – apesar de todo o planejamento, de todo esforço, nem sempre as coisas saem como queremos e precisamos saber administrar as frustrações e usar a experiência para seguir em frente, definir as novas metas, recomeçar.

Eu estou justamente nesta fase de avaliação e definição das minhas novas metas. Pronta para iniciar um novo ciclo na corrida e para novos desafios e conquistas. Tem muita corrida ainda pelo mundo que quero fazer!!!

ANDREA FUNK é jornalista e empresária – sócia-diretora da Communica Brasil (www.communicabrasil.com.br). Corre há 10 anos.

Instagram: andreafunk10

 

 

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