POR DEMÉTRIUS CARVALHO – A Maratona Internacional de Floripa Uninter pode ser colocada em pé de igualdade com as maiores maratonas do país. A prova havia sido boa ano passado e foi ainda melhor esse ano. Ao menos entre os corredores dos 42k, a edição de 2018 só deu vontade de voltar.
Coincidentemente, na noite anterior em um jantar promovido em parceria entre um restaurante e a organização da prova, comentei entre corredores que quando escrevo falando de minha experiência em uma prova, escrevo dentro do espectro que vi. Quando mais longa a prova, menor o meu espectro.
Houve problemas ou reclamações? Sim. Desde a retirada do kit bem mais afastado dessa vez da largada do que o ano anterior onde se poderia fazer a retirada a pé se estivesse pelas imediações (até aí, outras grandes maratonas também), até problemas maiores e estruturais como confusão nos percursos de 5k e 21k e no guarda-volumes onde alguns atletas se sentiram lesados.
Começa que não sou fã de viajar para repetir uma maratona. Em teoria, prefiro viajar para outro local, conhecer outras pessoas, outra cultura e fazer outra prova. Até então, só havia repetido maratona em São Paulo de onde sou e moro. O fato de eu ter voltado já significa que eu gostei e aprovei a experiência a tal ponto de desejar regressar à Maratona Internacional de Floripa.
Para se planejar um evento desse porte, a escolha da época do ano é primordial para definir inclusive a característica da prova e a organização escolheu uma data com temperaturas baixas, o que deixa a grande maioria dos atletas preocupados, mas que ficam agradecidos quando começam a correr. Percurso plano somado às boas condições climáticas, boa hidratação e de cara fez com que muitos atletas batessem suas marcas pessoais. Papo recorrente ainda na chegada da maratona. Essa impressão foi comprovada pelo ranking da revista Contra-Relógio que teve o maior percentual de atletas dentro do ranking segundo a organização da Maratona de Floripa.
Um desses corredores foi o Marcel. @marcel_corremar no Instagram. Escolheu a prova para tentar fazer a prova em 3h05 mas baixou ainda mais fechando com tempo de 3h03:33. Satisfeito com a prova que “entregou o que prometeu”, segundo suas palavras. Ressaltando que a largada às 6h10, assim como apenas os maratonistas nesse horário, facilitaram com que ele colocasse na prática toda a teoria e estratégia da prova.
Florianópolis tem tradição em triatlo e Ironman e seus moradores parecem mais receptivos e festivos nesse tipo de evento. A torcida ao fim da prova virava energia extra na chegada. Das provas que participei no Brasil, foi a mais efusiva.
Para quem me conhece, sabe que passei esse ano falando que a Maratona de Floripa teve para mim e das provas que participei, a medalha mais bonita. Óbvio que isso por si só não deve ser fator para se escolher uma prova, mas pesa e a desse ano também é muito bonita podendo figurar entre as mais bonitas de 2018. O custo benefício então da prova é mais um fator, apesar de não ter um kit recheado. Ela possui o suficiente para uma prova.
Muitos hostels, hotéis e pensões na proximidade da largada permitiram que a grande maioria dos corredores chegassem a pé ao local e se fosse necessário um transporte, havia inclusive parceria com o aplicativo 99 com 20% de desconto.
No final, um saldo mais do que positivo até pela postura da organização perante os problemas ocorridos. Só posso dizer que me vejo em Floripa em 25 de agosto de 2019.