Maratona Internacional de São Paulo – Na visão de Pacer Oficial

POR ANDRÉ FERRAZ – Olá leitor, tudo bem? Algumas provas pelo mundo oferecem como diferencial, os puxadores de ritmo, com a finalidade de auxiliar os corredores a alcançarem seus objetivos traçados.

Mas já parou para pensar na responsabilidade de ser um pacer?

Nessa edição da Maratona Internacional de São Paulo, fui pacer de uma prova oficial pela 5ª vez. E todas elas com uma sensação de que não poderia falhar, afinal, sabia que estava lá para ajudar o máximo de corredores possível.

Cheguei no local da largada as 5 horas da manhã, com uma boa antecedência. O problema disso, era ajustar corretamente a alimentação, pois minha largada só aconteceria as 6:15. Tomei um belo café da manhã e sai de casa rumo ao parque do Ibirapuera. Comigo, levei 100 gramas de uma mistura de malto dextrina e palatinose, para ingerir antes da largada. Para corrida, levei 4 géis de carboidrato e 2 rapaduras.

6:15 em ponto iniciou a saga que teria que durar obrigatoriamente 4 horas e 30 minutos. Esse foi o ritmo que me propus a fazer. O clima estava perfeito, fresquinho. A grande dificuldade dessa prova, seriam as alterações de altimetria, principalmente as saídas dos muitos túneis que a prova passaria.

Como pacer, tenho que manter um ritmo médio, nem mais fraco e nem mais forte que os 6:25 por km para entregar a prova no tempo proposto. Mas, como qualquer ser humano normal, tenho minhas necessidades, e mesmo correndo minha 13ª maratona, no km 11 comecei a sentir vontade de fazer xixi. O problema é que se eu paro, preciso acelerar o ritmo para voltar ao ponto correto da prova. Bom, não teve jeito. Parei rapidamente em um banheiro da prova, com aquele balão que carregava. Sim, passei a maior vergonha pois o balão ficou para fora do banheiro (rsrsrs). Voltei rapidamente para a pista e alcancei meu parceiro Mateus que estava junto comigo na missão.

Mesmo correndo para um ritmo super confortável, me sentia cansado da última prova de ultramaratona onde corri 140km, duas semanas antes.

Durante a jornada de pacer, passamos por diversas pessoas, que as vezes ficam ao nosso lado contando de como foi toda a preparação. Não tem preço que pague a satisfação de conhecer novos corredores e até mesmo o fato de que ali, estão descobrindo algo novo, por ser sua primeira maratona.

Reta final, avisto a linha de chegada, olho no relógio e vejo que a missão está completa. Maratona entregue em exatas 4 horas 30 minutos e 29 segundos.

Vale a pena cada passo! Ter vivido isso pela 5ª vez me faz ter certeza que correr, muda a vida das pessoas, vamos lá em busca de novos desafios.

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