Minha Primeira Maratona -Desafiando o Tempo

Domingo, 17/11/2019 – 4:10 da manhã começa o tão sonhado dia da realização da minha primeira maratona.

Dia que me preparei com toda a garra e dedicação que pude. Dia de colocar em prática tudo o que foi treinado, as horas longe da minha família e abdicação de muitas das coisas que gosto.

Já tinha pra mim o que faria na prova, agora era simplesmente ir lá e fazer. Levantei e fui direto tomar banho para despertar. Desci para o restaurante do hotel e fui tomar meu café da manhã, algo bem leve para me dar energia. Comi banana com canela e um pouco de doce de leite que substitui a pasta de amendoim que vinha comendo antes dos treinos e 2 fatias de pão integral.

Escolhi o hotel Grand Royal por ser o hotel da organização da maratona e que forneceria Vans para nos levar para o local da prova.

5:15 da manhã eu estava pronto, na porta do hotel esperando a Van das 5:30, afinal, a largada seria as 6:10. Por mais louco que possa parecer, a Van não veio e minha chegada na prova ficou comprometida.

Eu e mais 2 hóspedes do hotel que também iriam para a prova buscamos juntos ir de Uber, porém não havia carros disponíveis. Tentamos então 2 taxis mas de forma frustrada, não conseguimos. Somente no 3º taxi conseguimos e fomos rapidamente para a largada, chegando lá 6:05, 5 minutos antes do inicio.

Daí tiro a primeira lição:

Imprevistos acontecem o tempo todo, saber lidar com eles é fundamental para mantermos o foco. Tirei isso de letra e usei os primeiros quilômetros como aquecimento.

Meu grande mestre Emerson Bisan estava ao meu lado, isso me deu uma tranquilidade gigante. Estávamos indo a um ritmo de 5:30/km, o que faria com que ao término dos 42 km terminássemos com um tempo sub 4 horas.

Só que o fato de 2 semanas antes ter pego uma virose do meu filho que veio super forte, e o uso do corticoide para melhorar a tosse, o desequilíbrio no meu corpo começou a pesar.

Primeiramente, tossi o tempo todo e isso foi minando minha condição física durante a prova. Fomos bem até o km 24, quando comecei a sentir que teria câimbra a qualquer momento. Tivemos que reduzir o ritmo para evitar algo que pudesse nos tirar da prova.

Prova dura, com subidas e descida quase o tempo todo. Somado ao forte sol que depois das 9:00 da manhã abriu deixando a prova ainda mais difícil.

Do km 28 até o km 38, foram duros momentos de dor, cansaço forte e uma vontade surreal de superar essa barreira. Minutos que pareceram horas mas que aproveitei cada minuto.

Não desistir era meu mantra, apesar de toda a dor que estava sentindo no corpo como um todo.

Sai da minha zona de conforto e consegui resistir a cada passo. Esses são grandes aprendizados desse desafio.

Km 38, subida pesada para nos levar para o final da prova. Passei por essa barreira de forma incrível e fui em direção a chegada.

Cruzando a linha, estava tão cansado que mal consegui comemorar, apenas sentia um sentimento de EU CONSEGUI.

Não existe palavras para expressar essa conquista, apenas uma autorreflexão de que somos capazes de ir muito além, mesmo que as pessoas nos digam que não.

Por fim, fechando esse ciclo fantástico tiro um aprendizado enorme para a minha vida.

E que o principal deles é persistência, nunca pare por mais que todos ao seu redor te digam para não prosseguir. Entre de cabeça no seus sonhos, planeje e viva a jornada, nada mais gratificante que isso.

Obrigado a todos que por aqui acompanharam a minha jornada, e digo hoje de forma ainda mais clara:

O impossível seria se eu não tivesse tentado, eu fui lá e fiz, você também pode.

 “O Impossível Somos Nós”

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