Correr para viajar ou viajar para correr?

POR DEMÉTRIUS CARVALHO – Daniela Gianelli acorda de segunda à sexta pontualmente 7h da manhã para ir trabalhar. Até aí, essa história não difere de milhões de trabalhadores brasileiros, mas não é raro ter que acordar em um sábado ou mesmo domingo em tal horário para trabalhar. Ainda tem viagens pela sua empresa. Some isso ao trânsito e estresse de uma cidade como São Paulo e não seria nada anormal pensar naquele final de semana preguiçoso na cama.

Nesse sábado ela acordou 6h30, mais cedo do que seu habitual e 8h já estava na estrada. Pouco antes de 10h da manhã já enfrentava uma fila para retirar seu kit de corrida do Circuito Cidades Paulistas etapa Cubatão. Volta à estrada e o destino agora era o Guarujá onde enfrenta outra fila para a retirada de outro kit. Dessa vez, Guarujá Race Night.

Cada corrida, viagem tem sua história com suas particularidades. Essa particularmente para Daniela especificamente teve o aporte afetivo da casa de sua mãe próximo da largada da Guarujá Night Race. Tanto que para a largada marcada para 19h, Daniela optou por ir a pé aquecendo.

– Por que viajar para correr?
– Lugares diferentes do que estou acostumada a treinar, paisagem diferente , jeito de correr também acaba sendo diferente. Em resumo, um estímulo diferente. Sobre a Guarujá Race Night, fiquei muito feliz com a prova. Optei pela distância de 12k e fiquei surpresa com o trecho logo após a largada na areia e próximo ao retorno dos 6k. A única obervação é que poderia ter corrido mais tempo na praia. O tal estímulo diferente e que vai marcar a prova na memória. Sempre quis uma camisa de corrida preta e a da Guarujá Race Night é lindíssima.

Feliz da vida com sua nova medalha, foi para casa de sua mãe dormir para a corrida do dia posterior.

6h da manhã, quando o despertador tocou, ela já estava acordada fazia dez minutos. Uma leve ansiedade sempre a tira da cama um pouco antes e algum tempo depois guiava rumo à Cubatão debaixo de um temporal, mas que deu uma trégua na hora da corrida. O tempo fechado segurou um pouco a temperatura de um dia quente e abafado.

Duas provas em 12h com distâncias de 12k e 10k. O cansaço era evidente, mas o sorriso também. Se na segunda, teria que voltar à rotina de trabalho, por hora, era voltar para o Guarujá e almoçar com o tempero da mamãe.

– O que te leva a fazer isso? – É onde eu me encontro comigo mesma. Onde acredito que qualquer obstáculos na minha vida pessoal ou profissional possa ser resolvido. Existem coisas que eu não consigo expressar em palavras. É como se fosse um quebra cabeça em minha mente. Sempre fui ligada aos esportes, mas há alguns anos tive um problema de saúde e foi na corrida que consegui controlar meus hormônios. É nas provas de corrida onde encontro meus desafios, minha superação, gosto de competir comigo mesma e avaliar depois cada prova.

Correr e viajar é uma nova realidade na vida de Daniela que olha com carinho para as corridas fora de São Paulo.

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